O Joelho de Porco surgiu em São Paulo no ano de 1972, liderado pelo baixista Tico Terpins (ex-guitarrista do Os Baobás) e o bateirista Próspero Albanese. No final da década de 70, a banda se consagraria como o principal, e talvez o primeiro, grupo de Rock (ou, pelo menos, com postura roqueira) a fazer uma música cômica e caçoadora, inaugurando um estilo que viria a ser seguido por vários outros conjuntos no começo dos anos 80, em especial alguns da Vanguarda Paulista, tal qual o Língua de Trapo (de quem eram amigos pessoais, diga-se de passagem) e o Premê.
Entretanto, pouco se conhece da carreira do Joelho antes do lançamento de seu primeiro álbum, "São Paulo 1554-Hoje", de 1976. Ao longo deste período obscuro, o grupo fez uma série de shows, mas o material gravado é escasso. Resta, porém, este compacto simples, o primeiro e único que a banda lançou, de 1973, produzido pelo mutante Arnaldo Batista.
O lado A traz o divertido rockzão "Se Você Vai de Xaxado, Eu Vou de Rock'n'Roll", com uma letra aparentemente nonsense ("Anticonstutucionalicimamente/Bangue-bangue humanamente impossível"). A canção veio a ser reaproveitada no segundo álbum da banda, intitulado "Joelho de Porco" (composto por quase apenas covers de músicas deles mesmos), se tornando, com alterações aqui e ali (na letra, principalmente), "Rio de Janeiro City".
O lado B, traz a dramática "Fly America", espécie de homenagem ao continente e à aviação, com a participação do produtor Arnaldo Baptista nos sintetizadores.
Enfim, uma observação final: na capa está escrito o nome "Porcos", mas é usual que se refiram ao disco pelo nome das faixas (que julguei muito comprido pra colocar no título do post), "Se Você Vai de Xaxado, Eu Vou de Rock'n'Roll/Fly America".
Lado A:
Se Você Vai de Xaxado, Eu Vou de Rock'n'Roll
Lado B:
Fly America
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