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sábado, 17 de julho de 2010

Gilberto Gil - Gilberto Gil (1968)


Eu acho que fiquei devendo um aqui.
Gilberto GIl nasceu em 26 de junho de 1942 em Tororó, um bairro de Salvador e cresceu em Ituaçu, uma cidadezícula de menos de mil habitantes. Aos oito anos de idade volta a Salvador, ganha um violão etc e tal, típico progresso de músico brasileiro, influenciado por João Gilberto, na faculdade de administração conhece um grupo peculiar: Caetano Veloso, a irmã de Caetano, Maria Bethânia, Gal Costa e Tom Zé. Formou-se na faculdade em 1965 e se manda para SP com a mulher Belina.
Em 1967 estoura com os Mutantes numa apresentação para o III Festival da Música Popular Brasileira na qual tocaram "Domingo No Parque".
Em 1968 Gilberto Gil lança um dos melhores discos de sua carreira. E ei-lo!
Algo que se aproxima do disco perfeito. Gilberto Gil, acompanhado pelos Mutantes (Serginho Cabeludo Danado) e arranjado pelo maestro Rogério Duprat. Como poderia dar errado? Pois é, não deu. Deu certíssimo e o que temos é um dos maiores discos da música popular brasileira.
Mas hoje sim, julguemos um livro pela capa. Entramos em Sgt. Peppers e em Axis: Bold As Love. Sem medo as capas nos trazem a essa psicodelia do rock'n'roll inglês e americano, que misturadas à tropicália resultam nisso aí. Um disco capaz de definir o tropicalismo do Gil.
Como diz o baterista Dirceu em "Pega a Voga Cabeludo" "o som psicodélico é redondo que só uma gota".

Faixas:
  1. "Frevo Rasgado" 1:54
  2. Coragem Pra Suportar" 2:55
  3. "Domingou" 2:55
  4. Marginália 2" 2:40
  5. "Pega A Voga, Cabeludo" 4:44
  6. "Ele Falava Nisso Todo Dia" 2:33
  7. "Procissão" 2:56
  8. "Luzia Luluza" 4:04
  9. "Pé De Roseira" 3:03
  10. "Domingo no Parque" 3:43
  11. "Barca Grande" 2:42
  12. "A Coisa Mais Linda Que Existe" 3:59
  13. "Questão de Ordem" 5:32
  14. A Luta Contra a Lata ou A Falência do Café" 2:50
Dita a tradição do link no comment

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Os Mutantes - Compactos e Raridades (1976)


Ou ié!
Os caras (leia-se: outros blogueiros daqui) vão me matar se eu continuar postando umas coisas assim. Eu juro que paro.
Então. Os Mutantes, de novo, mas é bom, então só ficar pondo aqui é o mínimo que se espera de alguém que... sei lá quem. E retorno ao ponto do meu primeiro parágrafo que diz que eu apenas ponho música que gosto, e não coisa desconhecida e diferente (quanta asneira nessa frase).
Bom, esse disco, essa coletânea, melhor dizendo, é um agregado de músicas do grupo paulista de quem eu já falei bastante no post A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado de 21 de abril deste presente ano.
Toda banda tem um começo, certo? bom esse disco é um catadão de coisas do começo, de antes, durante e sei lá, muita sonzeira bacana.
"Tudo Bem" é, na minha infeliz opinião quiçá a melhor música deles. Tem ainda "Mande um Abraço Pra Velha", muita loucura. "Glória ao Rei dos Confins do Além" é a psicodelia pesada da tropicália, sonzeira muito similar à dos Beatles no caso.
"Suicida" e "Apocalipse" são duas músicas do grupo O'Seis, são muito diferentes da produção da banda Os Mutantes, a primeira um roquenrou ao estilo do Rei Roberto Carlos, mas com uma letra irônica e hilária e belos solos do Sérgio Dias. A segunda é uma baladinha, novamente hilária. Brilhantes.
Sobra ainda cinco faixas de um show com o Caetano Veloso. "A Voz do Morto", brilhante, "Baby", especial e "É Prohibido Prohibir" dispensa comentários.

FAIXAS:

01.Cavaleiros Negros
02.Tudo Bem
03.Balada do Amigo
04.Mande um Abraço pra Velha (Versão Longa)
05.Ando Meio Desligado (Outra Versão do LP)
06.Jingle da Shell
07.Ando Meio Desligado/Não Faz Marola (Ao Vivo TV FIC)
08.Ando Meio Desligado (Versão Single)
09.Banho de Lua/2001 (Ao Vivo TV)
10.Glória ao Rei dos Confins do Além
11.Suicida (O'Seis Compacto)
12.Apocalipse (O'Seis Compacto)
13.A Voz do Morto (Ao Vivo com Caetano Veloso)
14.Baby (Ao Vivo com Caetano Veloso)
15.Saudosismo (Ao Vivo com Caetano Veloso)
16.Marcianita (Ao Vivo com Caetano Veloso)
17.É Proibido Proibir (Ao Vivo com Caetano Veloso)

Lá nos comments tem um linkiu

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Os Mutantes - Jardim Elétrico (1971)

Direto de Johannesburgo trago-lhes um novo disco ao Saqueando!
Pediram! então, com atraso de alguns meses, talvez, lhes trago outra pérola dessa grandíssima banda brasileira. Lhes trago, direto de 1971 o espetacular Jardim Elétrico dos Mutantes.
Um disco singular, como todos os outros álbuns da banda que merece mais elogios que eu posso oferecer. O Jardim Elétrico foi lançado em 1971, é o quarto álbum dos Mutantes, sem contar o Tecnicolor que, apesar de ter sido gravado antes, em Paris, no Mesmo ano foi lançado apenas em 1999 ou 2000, se não me engano. É nessa época que a banda corria por viagens psicodélicas e fez um som brilhante, bastante inspirado na música americana e inglesa. Quatro das músicas que aqui estão foram originalmente gravadas no estúdio La Dame de Paris para serem lançadas no Tecnicolor. Todas as músicas foram gravadas por Rita Lee nos vocais, Sérgio Dias na guitarra, Arnaldo Baptista no teclado, Dinho Leme na bateria e Liminha no baixo, tem ainda a participação do grande Rogério Duprat que fez os arranjos orquestrais.
O disco começa com "Top Top", um roquenrou famoso, os conhecidos vocais agudos no início e os versos cantados mais agudos ainda parecem o sarcasmo da banda, uma guitarra muito funkeada de Sérgio Dias e um solo sensacional. Aula de música com os Mutantes. Continua com "Benvinda" que podia ser mais uma música meio melosa do Tim Maia tal como é dito no verso do disco: "Qualquer semelhança com Tim Maia não é mera coincidência", mas sobra musicalidade verde e amarela com os backingvocals e arranjo de metais. "Tecnicolor" mostra a psicodelia brasileira no que pode ser seu auge. É uma das músicas que seriam lançadas no disco gringo, toda cantadada em inglês, um baixo lindo e guitarra brilhante, bateria de samba e muito sabor para algo que nao devia ser meramente escutado. "El Justiceiro" uma música puramente latina, cantada em espanhol e inglês é a letra sarcástica sobre o herói que cobra dinheiro. "It's Very Nice Pra Xuxu" começa com um timbre de órgão de igreja é outra peça singular da banda com vocais que começam lamentando e mudam para a voz rasgada de Arnaldo esganiça as palavras precisamente. "Portugal de Navio" tem um baixo e voais pesados e reconhecíveis até por quem é surdo a tons. Mas o que começa como uma história de jazz, blues pesado vira um roquenrou brazuca de vocais agudos e transformam uma sobriedade grave em psicodelia aguda, É também uma das poucas músicas que Os Mutantes incluem um solo de gaita, termina com o piano de Arnaldo solando perfeitamente, talvez seja a música de menos sonaridade brasileira do grupo. "Virgínia"é outra música pouco brasileira, mas curiosamente agradável a quem a escuta. A faixa título a seguir é um compulsivo roquenrou com órgão pesado e guitarra incansável de Sérgio Dias, brilhante, psicodélica, brazuca invocada. "Lady Lady" é quase Beatles, a canção traz muita sonoridade de Liverpool, se não fosse a flauta e o solo, a sutil flauta logo no começo e a mudança de ritmo para algo acelerado e novamente impetuoso não assustaria ser gringa e estar no Revolver, Saravá. "Saravá" é mais roquenrou incansável e pesado em cima de uma típica expressão brasileira, cheia de distorção a música se contrasta com o final. "Baby" do Caetano Veloso cantada em inglês é outra pérolinha que os mutantes dão para a gente relaxar ao final de muita intensidade sonora.
Bem, é essa a minha forma de lhes dizer o que é esse disco, estou meio cansado agora e não tenho a mesma disposição que eu tive para outros álbuns, só que o que eu trago é uma pérola da música brasileira que é impossível de não ter no seu computador.
Grande abraço, e logo mais Gal - Fa-Tal

Faixas
  1. "Top Top" (Os Mutantes) 2:27
  2. "Benvinda" (Os Mutantes) 2:48
  3. "Tecnicolor" (Os Mutantes) 3:57
  4. "El Justiciero" (Os Mutantes) 3:55
  5. "It's Very Nice Pra Xuxu" (Os Mutantes) 4:49
  6. Portugal de Navio" (Os Mutantes) 2:43
  7. "Virginia" (Os Mutantes) 3:27
  8. "Jardim Elétrico" (Os Mutantes) 3:14
  9. "Lady Lady" (Os Mutantes) 3:33
  10. "Saravá" (Os Mutantes) 4:25
  11. "Baby" (Caetano Veloso) 3:40
Link nos Coments*~

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Os Mutantes - A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (1970)

Em 1967 um conjunto de rock&roll despertou o interesse de todos no III festival de música popular brasileira da Record ao acompanhar Gilberto Gil numa versão de Domingo no Parque, arranjado pelo maestro brasileiro, comparado a George Martin (produtor de um dos maiores clássicos da música britânica e quiçá (quiçá o escambau) mundial, o álbum Sgt Pepeprs Lonely Hearts Club Band)Rogério Duprat. Esse conjunto, formado em 1966 por Sérgio, um virtuoso guitarrista, Arnaldo, o mais brilhante nome da música brasileira (e mundial) gênio dos teclados e alma da banda e Rita Lee a invocada vocalista. Eram Os Mutantes, o trio paulista da Pompéia.

Em 1970 depois de estourarem junto à tropicália com o álbum Panis et Circensis (1968), depois do lançamento do disco homônimo (Os Mutantes, 1968) e de Mutantes (1969) o trio grava o disco “A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado de 1970 e será a este álbum que eu arriscarei uma homenagem no meu segundo saque.

Acompanhados por Raphael Villardi nos violões, Naná Vasconcelos na percussão, Liminha no Baixo, Dinho Leme na bateria e orientados pelos arranjos de Rogério Duprat, Os Mutantes lançam seu terceiro álbum de estúdio e aprofundam-se na psicodelia do final da década de 60 com arranjos de teclado, vocais e baixos complexos.

O disco começa com a faixa título ”Ando Meio Desligado” uma linha de baixo pegada e marcante, com a bateria levando a cozinha brasileira a outro nível, posteriormente a guitarra virtuosa de Sérgio Dias se mescla aos sons da percussão num embalo à psicodelia que obviamente não tem volta. Continuando vem a graciosa e satírica “Quem tem Medo de Brincar de Amor” onde começam as brincadeiras típicas e molecagens que mesclam-se ao som funkeado da banda nos apitos e ao cantar o refrão nas vozes de piadas infantis, a quebra sonora, que há também quando o funk conduz a um rock&roll com bateria de samba e tudo isso é abençoado com um solo espetacular de Arnaldo Baptista. Em seguida a enigmática “Ave Lúcifer” uma música que “piração” talvez não seja uma expressão suficiente para falar sobre a embriaguez sonora e lírica produzida. Em seguida a canção “Desculpe Baby” é uma carta de alguém buscando ser livre, com um fraseado de guitarra que irá te enlouquecer. “Meu Refrigerador Não Funciona” é um Blues que se sustenta no órgão de Arnaldo Baptista e na compassada linha de baixo e no apaixonado vocal de Rita Lee. Seguida pela carinhosa “Hey Boy” imita swingues com backing vocais graves seguindo o baixo alternando a graciosidade e o invocado mix de personalidades da guitarra de Sérgio Dias que leva até a um pequeno Honky Tonk blues. “Preciso Urgentemente Encontrar um Amigo” é uma versão da letra do Rei Roberto Carlos e do Tremendão, o Erasmo. Mais Adiante fica a dúvida que ronda “Chão de Estrelas” e se esclarece em seguida quando o cantarolar melancólico de Arnaldo contrasta com os sons de brincadeiras, da cômica bateria e da brincante toada regida por Duprat. “Jogo de Calçada”, por sua vez traz uma mistura de baião na guitarra com música sertaneja do vocal e roquenrou no mais bruto do que há da bateria e da guitarra que, mais adiante na faixa, leva o grupo para um profundo banho de rock&roll inglês, e eu na minha admiração me estendo demais nesse post, mas a culpa é do disco.

Que ainda não acabou. Ainda bem. “Haleluia” do coro de igreja e música barroca, com o baixo de R&B e os orquestramentos de Duprat começam a embolar a música que cresce ao ouvido de todos com a bateria de Rock&Roll e o órgão que antes era macio e carinhoso torna-se algo rasgado e frito para acompanhar o solo, que leva a música para uma acelerada batida de cheia de soul. O solo de bateria que vem a seguir dá a abertura de “Oh! Mulher Infiel” de fraseado inimaginável. Inimaginável como toda a música que se desenrola e encerra este magnífico álbum da melhor amostra da banda que fez o Rock&Roll virar roquenrou.

Inimaginável mesmo é você não baixar esta piração, roquenrou, brazuca e sinistra que eu acabo de descrever aqui.

Faixas

  1. "Ando Meio Desligado" - (Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias) 4:48
  2. "Quem Tem Medo de Brincar de Amor" - (Arnaldo Baptista / Rita Lee) 3:44
  3. "Ave, Lúcifer" - (Arnaldo Baptista / Rita Lee / Élcio Decário)2:20
  4. "Desculpe, Babe" - (Arnaldo Baptista / Rita Lee) 2:50
  5. "Hey Boy" - (Arnaldo Baptista / Élcio Decário) 2:47
  6. "Meu Refrigerador Não Funciona" - (Arnaldo Baptista / Rita Lee / Sérgio Dias) 6:23
  7. "Preciso Urgentemente Encontrar Um Amigo" - (Roberto Carlos / Erasmo Carlos) 3:50
  8. "Chão de Estrelas" - (Orestes Barbosa / Sílvio Caldas) 4:45
  9. "Jogo de Calçada" - (Arnaldo Baptista / Wandler Cunha / Ilton Oliveira) 4:08
  10. "Haleluia" - (Arnaldo Baptista) 3:38
  11. "Oh! Mulher Infiel" - (Arnaldo Baptista) 3:19

Link nos Comments, queridos