segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dom Um Romão - Hotmosphere (1976)


Agora eu tenho um disco digno.
Dom Um Romão, é o meu sujeito digno, baterista carioca nascido no dia 3 de Agosto de 1925, junto a João Gilberto é tido como um dos criadores da batida da Bossa Nova. Trabalhou na Rádio Tupi, acompanhando cantores e nos anos 50 formou o Copa Trio, é tido como o responsável por introduzir Elis Regina no meio do Beco das Garrafas, lendário local onde surgiu a bossa nova.
Na década de 60 juntou-se a Sérgio Mendes para executar shows nos EUA, na disseminação da música brasileira por lá. Tocou em shows com Elis Regina, Quarteto em Cy, Elizeth Cardoso entre outros.
No final da década de 60, casado com Flora Purim, voltou aos EUA e participou de discos de Jobim e Tonny Bennet.
Na década de 70 entretanto vem um grande marco de carreira, quando tornou-se integrante do Weather Report, banda de Fusion, comparável aos Headhunters de Herbie Hancock e ao Pat Matheny Group, foi considerado um dos grandes inovadores da linguagem do Jazz. Apenas então em 1972 que lançou seu primeiro disco solo, "Dom Um Romão". Na década de 80 foi morar na Suiça e sempre participou de festivais de Jazz e Samba ao redor do mundo.
É um baterista diferenciadíssimo e o disco de hoje é de 1976, já depois das suas experimentações jazzísticas e fusiônicas (?!), arranjado por Célia Vaz, formada pelo Conservatório Brasileiro de Música e Instituto Villa Lobos e pela Berklee School of Music em Boston, com Dom Salvador no piano, pianista que tornou-se profissional aos doze anos e excursionou pela Europa com Edu Lobo entre outros, Cláudio Roditti no Trompete, incrível trompetista que cativou Dizzy Gillespie e Ed Lincoln, e Sivuca no Violão e vocais, conhecido por disseminar a sanfona do meu nordeste, além de multiinstrumentista e virtuose como seu colega, Hermeto Pascoal, que não requer introdução.
Tudo isso em mente esse disco traz uma sonoridade incrível, músicas diferenciadas, tocadas de forma única, com arranjos bem brasileiros, e genialidade fluindo pela janela nisso que é um brilhante e legítimo Jazz Brasileiro.

Faixas:

  1. "Escravos de Jó" 4:06
  2. "Mistura Fina" 3:01
  3. "Caravan" 5:14
  4. "Spring" 3:33
  5. "Pra Que Chorar" 4:44
  6. "Amor en Jacuma" 5:28
  7. "Tumbalele" 3:21
  8. "Piparapara" 3:53
  9. "Chovendo na Roseira" 3:16
Link nos COmmENTS

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Grateful Dead - Workingman's Dead (1970)


Eita.
Tá ficando difícil manter o ritmo de postagem, bendita faculdade.
Bom, tentando agora dar uma revitalizada eu vou fugir do Funk e vou migrar para o, levemente similar, quanto à escrita, Folk.
O Grateful Dead, chamado por vezes de The Dead, é uma banda americana de 1966, mais ou menos, direto da Califórnia, surgiu junto como Jefferson Airplane, com a Janis Joplin, encaixando-se precisamente nesse meio costa Oeste americana do Rock Psicodélico. E se eu não me engano eu já citei o Jerry Garcia num post aí, acho que o do Takes Off, primeiro disco do Jefferson Airplane.
Esse sujeito, o tal Jerry Garcia, que tocava banjo e guitarra, o Bob Weir, guitarrista também, e o Ron "Pigpen" McKernan que tocava um Hammond como poucos, tocavam juntos numa banda chamada Mother McCree's Uptown Jug Champions, que não emplacou. Aos três juntaram-se o baixista de formação clássica, Phil Lesh, e o baterista Bill Kreutzmann. Em 1966 eles tocaram, alavancados pelo LSD, em um dos primeiros festivais de música psicodélica que ocorreram na história do Rock'n'Roll americano, o Trips Festival.
Há uma ou outra explicação para o nome da banda e talvez este seja o local adequado para divulgá-las. A primeira, diz que num dia, Jerry Garcia abriu uma enciclopédia e encontrou lá o verbete "Grateful Dead" que seria referente a uma alma que agradesce ao vivo pelo seu enterro. A segunda explicação diz que certo dia quando Jerry Garcia levanou um dicionário várias páginas caíram e as palavras Grateful e Dead apareceram juntas, e ficou por isso mesmo. Quem quiser acreditar, tá aí.
A banda tocou em Woodstock em 1969, junto com tantos outros, que é desnecessário listar aqui.
Bom, em 1970 o Dead lançou seu quarto disco de estúdio, o Workingman's Dead. É um disco curtinho, 35 minutos da sua vida, que deveram se repetir, porque são bons. Para qualquer apreciador de boa música, há nesse disco uma mescla entre Blues, Folk, Bluegrass, Country e uma montanha de Rock Psicodélico. O que mais me agrada aqui, no entanto, são os vocais de Bob Weir e Jerry Garcia, que se misturam de forma brilhante. Traz belas músicas como "New Speedway Boogie", "Casey Jones" entre outras
Eu já escutei esse disco mais constantemente, agora é algo mais de eventualidades, porém é sempre agradabilíssimo escutar.

Faixas:
  1. "Dire Wolf" 3:15
  2. "Uncle John's Band" 4:45
  3. "High Time" 5:16
  4. "New Speedway Boogie" 4:08
  5. "Cumberland Blues" 3:18
  6. "Black Peter" 5:45
  7. "Easy Wind" 5:01
  8. "Casey Jones"
Link nos Comments.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Parliament - Mothership Connection (1975)


"Boa noite! não tente mudar seu rádio, não há nada errado,
nós tomamos controle para lhe trazer esse show especial,
você o terá de volta assim que estiver no Groove
Bem vindo à rádio W E F U N K, mais bem conhecida como We-Funk"
E dessa forma começa o Mothership Connection, quarto álbum gravado pela banda Parliament, banda de George Clinton (tido como um dos pais do Funk, junto de James Brown e Sly Stone), apresentada previamente no post do primeiro disco da banda, Osmium.
Pessoalmente, eu julgo ser o melhor disco da banda, no meio da década de 70, como previamente dito, o Funk no seu auge e o Parliament solta um disco conceito. Segundo George Clinton o objetivo era colocar o negro em situações na qual ninguém o veria normalmente, e o fã de Star Trek optou por colocá-lo no espaço.
Cara, na boa? É o que eu gosto de escutar todo dia, não paro de ouvir e eu não precisei me dar ao trabalho de fazer um texto muito extenso de apresentação, porque ela já tá no blog.
"P.Funk (Wants to Get Funked Up)" é fodida, "Supergroovalisticprosifunkstication" é outra sensacional, "Give Up The Funk (Tear the Roof Off The Sucker)", etc. Não meço palavras aqui. um dos meus discos favoritos, para você ouvir e curtir.
Bom feriado, bom SWU para aqueles que vão, etc e tal.

Faixas:

  1. "P. Funk (Wants to Get Funked Up)" 7:40
  2. "Mothership Connection (Star Child)" 6:12
  3. "Unfunky UFO" 4:24
  4. "Supergroovalisticprosicfunkstication" 5:04
  5. "Handcuffs" 4:03
  6. "Give Up The Funk (Tear The Roof Off The Sucker)" 5:47
  7. "Night of The Thumpasarous Peoples" 5:12
  8. "Star Child (Mothership Connection)" [Promo Radio Version] 3:08
Funkylinknoscommenstgroovielicious