segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Earth Wind & Fire - That's The Way of The World (1975)


Salve salve, saqueadores e saqueatrizes!
Já havia muito tempo que eu não vinha parar nesse blog para postar qualquer coisa e eis que me veio a idéia de postar um som do Neville Brothers, mas quem diria, o disco que eu estava pensando já está presente aqui no blog, o Yellow Moon (1989), então me dobrei para achar algo que eu vinha escutando e caberia bem nesse blog. Eis que me veio à mente o Earth Wind & Fire.
Banda formada em 1970 por Verdine e Maurice White, baterista da Chess Records (Chuck Berry, Muddy Waters, Etta James, etc), só que há um problema. A banda tinha 10 membros e eu tenho preguiça.
Então vamos tentar organizar os músicos por instrumentos, já que essa cambada era capaz de tudo... O BAIXISTA era Verdine White, na BATERIA faziam turnos, Fred, Maurice White e Ralph Johnson, a FLAUTA e o SAXOFONE eram de Andrew P. Woolfolk, as GUITARRAS eram tocadas por Al McKay e Johnny Graham, a CALIMBA (para os curiosos, está na wikipedia) pertencia ao criador e produtor da banda Maurice White, PIANO, ÓRGÃO, SINTETISADOR E MOOG nas mãos de Larry Dunn, os VOCAIS por Maurice, Verdine White e Philip Bailey.
Tomara que minha confusão tenha contagiado vocês e assim eu receba uma absolvição de quem se deu ao trabalho de ler.
O disco foi trilha sonora de um filme homônimo no qual estavam os músicos da banda fazendo papéis ficcionais de si mesmos.
Enfim, o som aqui presente traz muito do Sly & The Family Stone, com uma pegada bem Disco, um xablau de Gospel e muito, muito Groove. Ficam em destaque as músicas "Happy Feeling" e "Shining Star", pelos seus ritmos acelerados e exceso de Feeling.
Aquele abraço, qualquer dia o A Whole New Thing do Sly & The Family Stone.

Faixas:

  1. "Shinnig Star" (2:51)
  2. "That's The Way of The World" 5:47
  3. "Happy Feeling" 3:37
  4. "All About Love" 6:37
  5. "Yearnin', Learnin'" 3:41
  6. "Reasons" 5:02
  7. "Africano" 5:12
  8. "See The Light" 6:21
Link devidamete posto nos comments.

domingo, 19 de setembro de 2010

The Roots Of Chicha: Psychedelic Cumbias From Peru (2007)

Ritmo tradicional da Colômbia, a Cúmbia é a mistura de tambores de origem africana com instrumentos indígenas e poesia espanhola. Apesar de sua origem colombiana, o gênero musical difundiu-se rapidamente pelos países vizinhos, tornando-se um dos mais populares das nações da América Latina de língua castelhana. Como era de se esperar, foi sofrendo variações, ganhando subgêneros regionais. Falarei aqui sobre um deles: a Cúmbia Amazônica, também chamada de Chicha (nome de um licor Inca), que surgiu na região peruana da floresta quando esta, no final dos anos 60, vivia um grande desenvolvimento urbano em função do petróleo.
Por meio da TV e do rádio, os artistas das cidades locais passaram a entrar em contato constante com o rock estadunidense e britânico. Influenciados, incorporaram à sua música popular elementos da psicodelia e do surf-rock, passando a usar instrumentos elétricos como guitarras, órgãos fárfisa e até mesmo sintetizadores moog. O resultado disso é a Chicha, miscigenação entre a Cúmbia tradicional do Peru e o pop internacional.
Em outras palavras, o rock entrou direto na música peruana como uma manifestação cultural autêntica, e não como mera imitação de padrões estrangeiros (como reclamei que acontecia no disco "Steam Kodok", de Singapura, que postei aqui semana passada). Não à toa, é comum encontrarmos por aí comparações entre a Cúmbia Amazônica e a Tropicália no Brasil, afinal ambos tinham forte caráter antropofágico. A diferença, porém, é que, enquanto o tropicalismo foi pensado e aplaudido por uma nata de artistas intelectualizados, a Chicha surgiu como uma forma popular, elogiada nas pistas de dança e não entre os críticos.
Por causa disso, o gênero acabou por ficar esquecido, sem nunca ter ido além das fronteiras de seu país de origem. Eis que, em 2007, a Barbes Records organizou "The Roots of Chicha", a primeira coletânea de Cúmbias Amazônicas lançada fora do Peru. E aqui está ela.
Trata-se de um álbum sensacional do começo ao fim, com músicas bem embaladas e envolventes. Há, entre elas, tanto faixas instrumentais (entre essas, vale dar destaque ao "Sonido Amazônico" dos Los Mirlos e "Para Elisa", versão "chichada" da música de Beethoven feita pelos Los Destellos) quanto com vocal (como "Ya Se Ha Muerto Mi Abuelo", de Juaneco y Su Combo).
Enfim, enfim, estou me prolongando demais aqui... Fiquem com o disco.

Ah, outra coisa: li que no dia 12 de Outubro vai sair a continuação da coletânea, "Roots Of Chicha vol.2". Fiquem atentos, quem sabe não posto ela aqui no Saqueando logo mais...

Faixas:
1. Sonido Amazonico - Los Mirlos
2. Linda Nena - Juaneco Y Su Combo
3. Carinito - Los Hijos del sol
4. A Patricia - Los Destellos
5. Sacalo Sacalo - Los Diablos Rojos
6. Ya Se Ha Muerto mi Abuelo - Juaneco Y Su Combo
7. El Milagro Verde - Los Mirlos
8. Para Elisa - Los Destellos
9. Linda Munequita - Los Hijos Del Sol
10. Muchachita del Oriente - Los Mirlos
11. Para Elisa - Los Destellos
12. Vacilando Con Ayahuesca - Juaneco Y Su Combo
13. El Guapo - Los Diablos Rojos
14. Mi Morena Rebelde - Eusebio y Su Banjo
15. Si Me Quieres - Los Hijos Del Sol
16. Me Robaron Mi Runa Mula - Juaneco Y Su Combo
17. La Danza de Los Mirlos - Los Mirlos

Link para download nos comentários, muchacho.
Mas se cê tiver com preguiça de baixar, dá pra ouvir pelo MySpace.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

The Kinks - Are The Village Green Preservation Society (1968)


Ah o rock'n'roll.
Outra grande banda do gênero vai pipocar hoje no saqueando, sim, The Kinks.
O The Kinks era uma banda inglesa muito boa, se você quer saber mesmo. Estouraram em 1964 com o disco The Kinks, que trazia alguns covers como "Beautiful Delilah" e "Too Much Monkey Business" de Chuck Berry, assim como tinha também músicas próprias como o sucesso "You Really Got Me", lançado em agosto do mesmo mês e razão principal do grande sucesso da banda.
A formação original do grupo consistia nos irmãos (Dave e Ray) Davies, ambos guitarristas, Pete Qualife, baixista e Mick Avory, baterista. Nos estúdios ainda tinham a companhia de Nicky Hopkins, pianista, aquele do cd Truth (1968) do Jeff Beck.
Enfim, em 1968 a banda lançou o seu último cd com a formação original. O disco em questão é esse do título enorme aí. É um disco conceito, inspirado numa viagem de Ray Davies para a cidade rural Devon.
O disco é tido como um dos melhores e mais influentes da banda, é claro que não faltam comparações com o sgt Peppers, mas eu vou me abster de falar qualquer coisa nesse aspecto, quem se interessar em falar, tem meu convite para fazer algum comentário. Músicas como "The Village Green Preservation Society", "Village Green" (música que foi o fator catalístico na gravação do disco, uma vez que ela foi tocada pela primeira vez nas gravações de Something Else (1967)), "Picture Book", "Animal Farm" e várias outras mostram o que é o disco, uma mescla de baixo e bateria bem tocados, precisos, conscientes, uma guitarra sem pressa e arranjos vocais espetaculares (aqui vale um comentário próprio, lembrei da Tulipa Ruiz, na música "Picture Book" (do Kinks), os backing vocals do grupo inglês lembram o vocal da cantora em "Às Vezes").
Aquele abraço, em breve pirações peruanas do Caião.

Faixas:
  1. "The Village Green Preservation Society" 2:53
  2. "Do You Remember Walter?" 2:28
  3. "Picture Book" 2:36
  4. "Johnny Thunder" 2:30
  5. "Last of The Steam-Powered Trains" 4:12
  6. "Big Sky" 2:52
  7. "Sitting By The Riverside" 2:25
  8. "Animal Farm" 3:03
  9. "Village Green" 2:13
  10. "Starstruck" 2:30
  11. "Phenomenal Cat" 2:40
  12. "All of My Friends Were There"
  13. "Wicked Anabella" 2:45
  14. "Monica" 2:20
  15. "People Take Pictures of Each Other" 2:18
Link devidamente colocado onde pertence, nos palpites.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cream - Fresh Cream (1966)


Seguindo a toada daquele último post, eu confirmo o que disse e trago para vós um novo disco no saqueando, depois do primeiro disco de Jimmy Page pós Yardbirds e do primeiro disco Jeff Beck pós Yardbirds trago o primeiro disco de Eric Clapton pós Yardbirds.
O Cream foi formado em 1966 após a saída do gênio, guitarrista e vocalista Eric Clapton do Grupo Yardbirds e da John Mayall's Bluesbreakers, por sentir-se sufocado (parece papo de namorado), mas quem diria que naquele momento ele (Clapton) já era considerado o melhor guitarrista da Inglaterra, e não por falta de razões.
Foi nesse mesmo ano que encontrou Ginger Baker, baterista do Graham Bond Organisation, que apresentou Jack Bruce, baixista, pianista e gaitista, que também tocava na GBO e estava cansado dos ataques de Graham. O acordo se deu numa estrada para Londres, Baker propôs e Clapton aceitou sob uma condição, que Jack Bruce fosse o baixista.
Senhoras e senhores temos o primeiro grande trio da história do Rock'n'Roll, isso por que além deles eu penso na Jimi Hendrix Experience, vale lembrar que Hendrix era fã assumido do Cream e quis uma banda apenas com três membros em função da banda inglesa, além dessas duas eu consigo lembrar só do Rush e do Emerson, Lake & Palmer, mas nenhuma é tão emblemática quanto a Experience ou o Cream.
Bom, meus caro o primeiro cd traz excelentes músicas além de grandes demonstrações de aptidão dos músicos (leia-se fodelância [sic] músical, e me desculpem pelo termo, mas hoje eu vou deixá-lo aqui) o Cream é uma das primeiras sementes do Rock Psicodélico que englobaria tantos artistas que nem vale à pena citar.
Músicas como "I Feel Free" e "Toad" são mais conhecidas ao ouvido, mas fica a dica para "Spoonful", "Cat's Squirrel", o blues, que aponta muito bem o gosto de Clapton, "Sleepy Time Time" e todas as outras. CDZAÇO

Faixas:
  1. "I Feel Free" 2:53
  2. "N.S.U." 2:48
  3. "Sleepy Time Time" 4:24
  4. "Dreaming" 2:01
  5. "Sweet Wine" 3:20
  6. "Spoonful" 6:29
  7. Cat's Squirrel" 3:08
  8. "Four Until Late" 2:11
  9. "Rollin' And Tumblin'" 4:44
  10. "I'm So Glad" 3:59
  11. "Toad" 5:12
  12. "The Coffee Song" 2:47
  13. "Wrapping Paper" 2:24
Link nos Comments

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Monsueto Menezes - Mora na Filosofia dos Sambas de Monsueto (1962)

Carioca da extinta Favela do Pinto, Monsueto Menezes foi uma peculiar figura da cultura popular brasileira dos anos 50 e 60. Com um metro e oitenta de altura e inquestionável bom-humor, fez fama como comediante em quadros de programas rádio e TV, atuou em 17 filmes (nacionais e estrangeiros) e ainda ganhou, no fim de sua curta vida, respeito como pintor primitivista. Porém, o que lhe garantiu entrada para a história foi, sem sombra de dúvidas, seu talento musical.
Sambista da melhor categoria, Monsueto foi, antes de um bom cantor, um grande compositor. Não à toa, suas melhores canções foram eternizadas nas vozes de outros intérpretes. É o caso dos clássicos "Me Deixa Em Paz", gravado por Milton Nascimento em "Clube da Esquina", e "Mora Na Filosofia", que Caetano gravou no álbum "Transa". Entretanto, na ocasião do lançamento dessas duas versões, em 1972, Monsueto já era há muito um artista consagrado, cujo auge da carreira já tinha inclusive ficado pra trás (viria a falecer no ano seguinte).
Pois é, falemos logo então da carreira do cara... Menezes começou a vida artística nos anos 40 tocando bateria em conjuntos como a Orquestra do Copacabana Palace. Em 1952 teve sua primeira canção gravada: "Me Deixa em Paz", na voz de Linda Batista. Daí em diante, foi ganhando destaque como compositor e passou a ser sucesso nos carnavais e shows cariocas. Assim, em 1962, já consagrado, Monsueto gravou seu único álbum, que trago aqui hoje.
Em "Mora na Filosofia dos Sambas de Monsueto", o sambista interpreta a nata de sua obra em uma série de embalados pout-pourris. As letras, quase sempre bem-humoradas, transitam principalmente entre temas amorosos (em especial a dor de corno), mas não só ("Lamento da Lavadeira" e "Fogo no Morro", por exemplo, têm certo cunho social). É possível ainda ouvir, entre as paradas e breques, Monsueto exclamando algumas das gírias que cunhou e/ou popularizou em seus quadros de TV na época, tais quais "ziriguidum", "diz!", "castiga..." e, é claro, "morou?".
Enfim, trata-se de um grande álbum, bom pra chacoalhar os quadris, mas talvez um pouco repetitivo para ser ouvido de cabo a rabo em função da maior parte das faixas repetir uma forma muito parecida de samba. Resta agora que você more no disco. Boa sorte.
(Ah... Procurei por cenas do Monsueto na TV no youtube e não achei nada de relevante senão um vídeo dele cantando "Ziriguidum" com a Elza Soares. Se alguém tiver algum registro melhor, deixa nos comentários, por favor! Valeu)

Faixas:
1. Bateria e solo de percussão
2. Mora na Filosofia/Couro do Falecido
3. Tá Pra Acontecer/Levou Fermento
4. Me Empresta Teu Lenço/Me Deixa em Paz
5. Rua Dom Manuel/Senhor Juíz
6. A Fonte Secou
7. Copacabana de Tal/Esse Samba Tem Parada
8. Água e Azeite/Na Menina dos Meus Olhos
9. Lamento da Lavadeira/Na Casa de Antônio Jób
10. Nó Molhado/Morfeu
11. Segunda Lua de Mel/Fogo no Morro
12. Eu Quero Essa Mulher Assim Mesmo

Link nos comentários, morou?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Busdriver - Temporary Forever (2002)

Enfim o contemporâneo!
Regan Farquhar era um menino que, desde cedo, estava inserido no universo hip-hop: seu pai fora produtor de filmes da cultura musical negra naquela época. Com nove anos de idade, já fazia rap em um grupo de LA, o “4/29”. Com 13 anos de idade, lançou seu primeiro disco, com esse mesmo grupo. Com 15 anos, já fazia presença na noite estadunidense.
Em pouco, lançou seu primeiro álbum solo, no qual usava o codinome de “Busdriver”; o nome do disco era “Memoirs of the Elephant Man”, e alavancou a carreira de mais um rapper da costa oeste. Esse, em especial, tinha a capacidade de cantar rápido. Muito rápido.
Enfim 2002. Nesse ano, Busdriver lançou o disco que aqui posto. “Temporary Forever” é diferente da maioria dos álbuns de rap vendidos e ouvidos. Ele é fiel ao que rap significa: o ritmo e a poesia. Quanto a essa, confesso que a “técnica vocal” de Busdriver não me permitiu entender mais que um terço do álbum, mas acredito que, nesse caso, a quantidade de letras se converteu em qualidade.
Quanto ao ritmo, outra peculiaridade. Busdriver caminha sobre diversos estilos ao decorrer do álbum. Mas você deve estar pensando: não era um disco de rap como outro qualquer? A poesia de Busdriver mostra-se versátil e usa, como base, diversos ritmos, qual o clássico (“Imaginary Places”, na qual a flauta toca uma famosa peça de Bach), ou o Jazz (“Jazz Fingers”). Nessa última, em especial, cabe citar a quase evidente proposta de Busdriver de sobrepor a música popular ao erudito ou ao elitista, usando o Jazz e o Clássico como base para a “música real”. O universo dissonante e o arritmico também marcam presença, e Busdriver lida muito bem com esses, vide “Single Cell Ego”.
Nas letras, vamos de Nashville até contas de gás em menos de dois segundos. É incrível a fartura da letra, a não monotonia dela e, ainda por cima, a criatividade impressionante do rapper. Cá entre nós, não é fácil ficar mais de uma hora falando no andamento mais rápido possível e sem ser repetitivo.
O disco não é de todo sério. Ele é de todo cômico, vide o tom de voz do nosso Rapper. Acho que o nome de certas faixas ilustram bem essa comicidade, a saber: “The Truth of Spontaneous Human Combustion” ou "Reality Sandwich".
Viva a revolução!

Faixas:
1. "New Aquarium"
2. "Imaginary Places"
3. "Along Came a Biter"
4. "Idle Chatter"
5. "Gun Control"
6. "Mindcrossings"
7. "Suing Sony"
8. "Stylin' Under Pressure"
9. "Single Cell Ego"
10. "Somethingness" (Featuring Radioinactive and Rhetoric, produced by Edit)
11. "Driver's Manual"
12. "The Truth of Spontaneous Human Combustion" (Featuring Of Mexican Descent)
13. "Opposable Thumbs"
14. "Unplanned Parenthood"
15. "Jazz Fingers" (Featuring Aceyalone)
16. "Reality Sandwich"
17. "Wrong Route"
18. "Post Apocalyptic Rap Blues"


LINKNOSCAOMENAA (link in comments)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Jeff Beck - Truth (1968)


Algum dia, nesse blog eu falei de uma banda chamada Yardbirds, e como dela saíram três dos melhores guitarristas ingleses, entre eles, Jimmy Page, do Led Zeppelin e Eric Clapton, do Cream, que vai ser meu próximo post, já que eu acabei de perceber que não tem Cream no saqueando.
Bom, do Yardbirds também saiu Jeff Beck, esse dito cujo seguiu carreira solo e montou uma bandinha em 1968. Consistia em resumo dele próprio, na guitarra, o baixista era ninguém mais que Ronnie Wood, sim, o guitarrista dos Stones, na bateria sentava-se Micky Waller e nos vocais estava escalado um cantor que viria a ficar famoso hoje em dia com umas músicas meio água com açúcar, um tal de Rod Stewart. Esse é o Jeff Beck Group.
O disco também é famoso em função dos músicos convidados. O guitarrista de estúdio em ascensão, ninguém menos que o previamente citado Jimmy Page. Também o baixista, pianista e multiinstrumentista John Paul Jones, também futuro Zeppelin na ocasião, já que o disco foi gravado em agosto, entre o último show dos Yardbirds e o primeiro do The New Yardbirds, vulgo Led Zeppelin na turnê da Escandinávia (mais informações neste post). Tocou também o pianista Nicky Hopkins, que performou com vários artistas, entre eles os Beatles, os Stones, Kinks, The Who e até Jefferson Airplane. Por fim, mas também incrível o baterista Keith Moon, do The Who, talvez o melhor baterista de Rock'n'Roll de todos os tempos tocou na música "Beck's Bolero". Tudo isso viria a ser amarrado pelo produtor que também trabalhou com The Animals e Suzi Quatro.
Tendo isso dito, o que eu trago aqui não é nada menos que um dos maiores discos de música popular da história. Traz algumas músicas emblemáticas como "Beck's Bolero", gravada em 1966, alguns blues como "You Shook Me" de Willie Dixon, "Rock My Plimsoul" do próprio Beck e de Rod Stewart.
Enfim, baita pérola que, se eu fosse você, não abriria mão de ter.
Por sinal, o disco foi lançado de novo recentemente com faixas bônus que não estão inclusas no upload.

Faixas:
  1. "Shapes Of Things" 3:21
  2. "Let Me Love You" 4:44
  3. "Morning Dew" 4:43
  4. "You Shook Me" 2:31
  5. "Ol' Man River" 4:02
  6. "Greensleeves" 1:50
  7. "Rock My Plimsoul" 4:14
  8. "Beck's Bolero" 2:25
  9. "Blues De Luxe" 7:30
  10. "I Ain't Superstitious"
Aquele abraço que eu vou viajar no feriadex
Fica o link nos comments