quarta-feira, 26 de maio de 2010

Herbie Hancock - Head Hunters (1973)


No embalo a gente manda dois numa semana né não?
Bom, lançado em 1973, depois de onze outros discos o Head Hunters tem uma levada para o funk e para o fusion, facilmente reconhecida pelas variações de teclado e uma sonzeira pra lá de excitante.
Hebie Hancock é um conceituado pianista de jazz, nascido na cidade de Chicago, em 1970, ganhou muito destaque quando em 1963 se juntou a Miles Davis com um dos novos grandes músicos que surgiam no cenário norte americano. Os álbuns Mwandanshi, uma fase do compositor no meio da década de 60 são o começo do fusion e ao passar essa faze o pianista decidiu se dedicar ao funk.
Na década de 70 depios de declarar muita admiração pelo som do Sly & The Family Stone o pianista resolveu juntar uma nova banda. Tocaram com Herbie Hancock, nesse disco, o brilhante Bennie Maupin, multi-instrumentista de sopro, que já havia se juntado a Herbie para formar um sexteto, Paul Jackson no baixo, Bill Summers fazia a percussão e Harvey Mason juntava tudo numa funkeadíssima bateria.
O disco começa com a extensa e intesa "Chamaleon", uma música de quinze minutos que te faz pirar em qualquer momento, uma levada de órgão e sintetizador brilhante e uma base de baixo reconhecível até por quem é surdo. A bateria junta tudo numa levada muito funkeada. Em seguida entram os metais, uma brilhante linha do genial Bennie Maupin. A partir de então começa a safadeza. Começam solos malucos e cheios de influências do fusion e uma pegada cheia de groove. Música para tocar no talo dentro do carro e fazer a Marginal do Tietê inteira às 19h mexer a cabeça.
Depois vem outro clássico que é "Watermelon Man", lançada anteriormente no primeiro disco do compositor (Takin' Off), como um belo jazz, em 1962. que começa com uma brilhante composição de sons de flauta, entra depois a excitante cozinha cheia de groove e moleza. Aparece então o som de quem aprumou tudo, Herbie Hancock dá uma lição de sintetizador de tirar morto da cova. A linha de saxofone te faz fechar os olhos e simplesmente pirar.
"Sly" a seguir é outro som incrível, uma linha simples, cheia de groove com os metais jogados juntos ao sintetizador, mas vale o destaque nessa música para a bateria e a percussão que fazem um trabalho incrível. A música ainda progride para dois momentos diferentes, um super funk cheio de soul e depois parece acelerar numa espécie de música latina e eletrônica, psicodelia herdada do fusion.
Encerrando o curto, preciso e espetacular disco, que vai me poupar de algum trabalho na listagem de faixas, Vein Melter começa com um baixo cheio de efeitos, distorção e wahwah parecem ecoar no pesado som da funkeada linha. Os sons feitos por Bennie Maupin em seguida são tranquilos, com muita coisa originada do jazz. Com algumas partes orquestradas a música soa como uma marchinha de funk e fusion. Sonzeira bem bacana.
Baita cdzaço esse aqui e você vai precisar dele no seu computador, é um grande marco da música popular ocidental, por originalidade sonora, do gênio Herbie Hacock para as suas orelhas, lhes dou o Head Hunters.

Faixas
  1. "Chamaleon" (Hancock/Maupin/Jackson/Summers) 15:44
  2. "Watermelon Man" (Hancock) 6:32
  3. "Sly" (Hancock) 10:21
  4. "Vein Melter"(Hancock) 9:12
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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Banda União Black - União Black (1977)


Salve salve todos!
Essa semana venho antecipado acompanhar esse cdzaço do Itamar com uma funkeira louca e brazuca.
Em 1977 no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, um grupo de soul funk que tocava em bailes de black music lançou um brilhante cd. Bem, é preciso dizer que não é simplesmente um grupo. A cuca por trás de tudo é o vocalista Gérson King, o único membro fixo da banda, enquanto todos os outros eram convidados para tocar nos shows.
Guitarras funkeadas, com wah wah e arranjos de metais bem feitos, um baixo digno da gravadora motown e um cantor muito bom. Do que mais você precisa? Muito Groove, e é o que rola na banda, que, além de tudo isso, juntava ao seu som muito da pegada e do ritmo brasileiro, fazendo uma fusão digna de um disco incrível.
Algumas letras melosas como na canção "Só Eu e Você" e "Sou Só" são as músicas mais lentas do disco, semelhantes às canções de mesma estirpe do grandíssimo Tim Maia. Além dessas algumas sonzeiras são o mais puro e um dos primeiros sons funk soul feitos no Brasil. "Laço Negro" é um funk basicamente instrumental com arranjos vocais de coro e uma guitarra cheia de groove, o puramente instrumental "Abelha Africana" transborda soul e feeling numa música genial. "A Vida" é um funkaço de primeira, com letra forte e pegada. E a música "Quando Alguém Está Dormindo" tem uma bateria loucona e incansável acompanhada por um solo de guitarra distorcida na medida ao fundo.
Depois de lançar esse cd a banda ficou mais de duas décadas sem fazer nada e já que não tá na wikipédia acaba sendo bem difícil de se enontrar informação sobre o grupo. em 2004 fizeram um show com os primeiros integrantes do grupo que seriam o vocalista Gérson King, Carlos Dafé, Lúcio Sherman, Don Mita, Mariano Brown, Luís Vagner, Valmir Mello, Don Richard e Paulinho de Souza.
Foi dureza, e acho que é um post meio cheio de papo furado, por quê eu enchi muita linguiça sem saber o que dizer. mas essencialmente é muito soul e funk com sonzeira brazuca.

Faixas:
  1. "Geração Black" 2:16
  2. "A Vida" 2:48
  3. "Só Eu e Você" 2:44
  4. "Black Rio" 2:51
  5. "Voulez-Vous" 7:28
  6. "Melô do Bobo" 3:14
  7. "Abelha Africana" 3:14
  8. "Sou Só" 3:10
  9. "Quando Alguém Está Dormindo" 2:27
  10. "A Família Black" 3:16
  11. "Laço Negro" 3:33
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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Itamar Assumpção e Banda Isca de Polícia - Às Próprias Custas S.A. (1981)

Itamar foi um dos companheiros de Arrigo na vanguarda paulista, movimento musical alternativo dos anos 70/80. Fez fama tocando no teatro Lira Paulistana, e, infelizmente, morreu anos atrás, com 50 anos.
Inclusive quando era garoto, vivia na música, mesmo que não fosse por ela. Seu pai era pai-de-santo, e dá-lhe percussão a infância toda. Quando mais maduro, fez história com sua irreverência, com sua poesia, com seu gingado e, sobretudo, com sua criatividade. Seja nas letras que compunha ou nas músicas em que interpretava, Itamar era sempre novidade, e boa novidade.
Uma das brigas que Itamar comprava era com grandes gravadoras, sempre vangloriando da sua independência. A conseqüência disso, ao que tudo indica, foi a publicação de críticas que retratavam seu som como ruim ou “difícil”. Ironicamente, gravou seu último disco em uma grande gravadora, e este carregava o nome: “Intercontinental!! Quem diria!! Era só o que faltava!!”
Em 1983, Itamar gravou seu único álbum ao vivo: “Às Próprias Custas S.A”, onde criticava, em sua forma, esse sistema de música de mercado criado pelas gravadoras de grande porte. Contava com uma formação que chegou a ser bem convencional: Itamar com a Banda Isca de Polícia, com quem ele chegou a gravar outros discos, como “Beleléu, Leléu, Eu”.
Muitas vezes, quando artistas gravam seus discos em apresentações ao vivo, o som fica um tanto sujo e com ar pouco profissional. Ao meu ver, isso não se aplica a esse álbum, que tem sempre um som bem limpo e, por mais incomum que isso seja, um quê silencioso que é pra lá de pertinente. Cabe dizer que além de gravar faixas de sua própria autoria (como “Oh Maldição” ou “Amanticida”), Itamar regravou, também, renomados nomes da música brasileira, como Jards Macalé (“Negra Melodia”) e Adoniran Barbosa (“Vide Verso Meu Endereço”).
Escute, escute, escute!

Faixas:
1.Negra Melodia
2.Você Está Sumindo
3.Vide Verso Meu Endereço
4.Fico Louco
5.Noite de Terror
6.Oh! Maldição
7.Amanticida
8.Batuque
9.Peço Perdão
10.Que Barato
11.Denúncia dos Santos Silva Beleléu

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terça-feira, 18 de maio de 2010

Rare Earth - Greatest Hits And Rare Classics (1991)


E uma semana se passou desde o meu último post.
Infelizmente o que trago aqui é uma banda desconhecida no cenário musical brasileiro, direto da famosíssima gravadora Motown uma banda de músicos brancos inaugura uma nova subdivisão da gravadora, um dos selos alternativos nomeado Rare Earth, em homenagem à banda que inicia o projeto, voltada para alguns grupos específicos, grupos de rock formados por brancos. Esse selo leva também os nomes das bandas The Pretty Things, Stoney and Meatloaf e The Cats.
Eles são um grupo formado em 1960 e em 1968 adotaram o nome Rare Earth, formada por Gil Bridges, Saxofone, Flauta e vocais, Pete Rivera, bateria e vocais, John Persh, baixo, trombone e vocais, Rod Richard, guitarra e vocais e, por fim, Kenny James nos vocais.
Eu prometo uma sonzeira bem funkeada que varia bastante, como você perceberá nesse best of, que é tudo o que eu consegui para lhes oferecer, e digo que é um belo feito da minha parte que busquei a fundo um disco desses caras. Um som que varia bastante, como eu disse antes, mas é cheio de funk e soul com influências como Jackson Five, outros grupos da gravadora Motown, principalmente a música negra, mas é impossível não perceber um toque de roquenrou branco e algumas notas psicodélicas.
Músicas como "Here Comes The Night", "Born To Wander" são belos funks, com bateria pegada, órgão rasgado e guitarra cheia de soul, lembra um pouco o grande Tim Maia. "Get Ready" e "Good Time Sally" são dois belos roquenrous, mas eu não tenho muito o que falar, porque eu não conheço tanto deles assim. Entre músicas bem distorcidas e grooveadas algumas baladas mais melosas pipocam pelo cd, podem tirar um pouco a sua pilha, mas ainda assim, belo cd. É como o Tim Maia em alguns sentidos, algumas músicas melosas e outras mais pesadas e tem uns vocais muito loucos. É uma banda de primeira que nunca teve o destaque merecido.

Faixas:
  1. "Get Ready" 2:48
  2. "Generation (Light Up The Sky)" 2:46
  3. "(I Know) I'm Losing You" 3:37
  4. "When Joanie Smiles" 2:54
  5. "Born To Wander" 3:21
  6. "Here Comes The Night" 3:27
  7. "I Just Want to Celebrate" 3:38
  8. "Love Shines Down" 3:39
  9. "Good Time Sally" 2:55
  10. "Hey Big Brother" 4:45
  11. "We Are Gonna Have A Good Time" 3: 26
  12. "Big John Is My Name" 4:19
  13. "Chained" 2:50
  14. "Warm Ride" 3:00
  15. "I Can Feel My Love Risin'" 2:58
  16. "Keepin' Me Out of The Storm" 4;19
  17. "It Makes You Happy (But It Ain't Gonna Last)" 3:12
  18. "Midnight Lady" 3:31
  19. "Hum Along and Dance" 4:06
  20. "Fresh From the Can" 5:15
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P.S.: Me pediram recentemente o Jardim Elétrico, dos Mutantes, talvez alguém mais competente que eu faça esse post, peço desculpas pela demora, mas a faculdade tá começando a me alcançar e eu peguei uma gripezinha escrota que me fez perder a virada cultural no último sábado.
grato pela paciência

domingo, 9 de maio de 2010

Grand Funk Railroad - Grand Funk (The Red Album) (1970)

Eis um CD que me tira do chão sempre que eu escuto.
Grand Funk Railroad é uma banda de Michigan, nos EUA, formada em 1964 por Mark Farner na guitarra e vocais, Don Brewer, bateria e vocais, Craig Frost no teclado e Don Lester no baixo. Sob o nome de Jazzmasters tocavam rock'n'roll sério em bares e escolas da cidade. Em 4 anos, membros vão e outros vêem e em meados de 1968 um trio surge: o guitarrista Mark Farner e Don Brewer, batera, sobrevivem ao tempo e juntam-se a Mel Schacher e inspirados numa estrada de ferro que passa pela cidade de Flint batizam-se de Grand Funk Railroad.
Em 1970 lançam o que é para mim um dos maiores discos de roc'n'roll da história, o Grand Funk, também conhecido como o Red Album, um disco cheio de groove e funk, com guitarra pegada e baixo rasgado, uma bateria invocadíssima e tudo bem tocado. Ouvindo o som dgrupo é difícil dizer que é um trio de três pessoas mesmo.
Com grandes influências do Soul e do Funk o grupo fez um som único na sua época, a discrição de todas as músicas se passaria mais ou menos por aquilo que eu acabei de dizer no parágrafo acima, mas é possível notar também algumas notas de country em alguns riffs de guitarra, como em "In Need" que a banda é até confundível com bandas como Lynyrd Skynyrd. "Got The Thing on The Move" é tradução daquilo que é um funk misturado com hard rock pesadíssimo e é com certeza uma das sonzeiras mais loucas que eu já escutei. 'Mr. Limousine Driver" e "Please Don't Worry" são dois rock'n'rolls de fazer inveja a qualquer banda cara.
Lembra quando disse que música é para te tirar da cadeira? Então, mesmo com arranjos simples a banda é aquela que, na minha opinião, fez um dos sons mais agradáveis e excitantes da década de 70 e final de 60. Tocam até hoje, para quem estiver interessado, mas como antes, já houve alguma troca de membros.
Como eu to com preguiça de fazer uma descrição precisa de cada música vou mandar o post assim mesmo, tomara que não desaponte o modo mais compacto e preguiçoso de escrita adotado aqui.

Faixas:
  1. "Got This Thing on the Move" – 4:38
  2. "Please Don't Worry" – 4:19 (Don Brewer/Farner)
  3. "High Falootin' Woman" – 3:00
  4. "Mr. Limousine Driver" – 4:26
  5. "In Need" – 7:52
  6. "Winter and My Soul" – 6:38
  7. "Paranoid" – 7:50
  8. "Inside Looking Out" – 9:31 (John Lomax, Alan Lomax, Eric Burdon, Bryan "Chas" Chandler)

Bonus Tracks - CD Release

  1. "Nothing is the Same (Demo)"
  2. "Mr. Limousine Driver (Versão Extendida)"
Link nos Comments *~

terça-feira, 4 de maio de 2010

Gal Costa - Gal Costa (1969)


Salve salve meus caros! Como vão todos?
Aparentemente eu sou o único saqueador que sobrevive ao passar do tempo nesse blog onde ninguém mais posta. (Quem sabe com essa pequena afronta meus colegas trabalham mais...).
Bom, novamente vou tomar como ponto de partida um dos maiores marcos da história da música brasileira, a tropicália, e, em especial, o disco Tropicália ou Panis et Circencis (1967). Normalmente não é preciso dizer, mas como este é um blog informativo, nada didático e que gosta de divulgar música boa, vou dizer. Esse álbum (Panis et Circencis) é um marco porque é a concretização da tropicália, participaram do disco os maiores gênios da música popular brasileira, Gilberto Gil e Caetano Veloso, comparados normalmente a Lennon e McCartney pela wikipedia em português, Os Mutantes, dos quais eu não preciso falar para quem me acompanham há algum tempo, Rogério Duprat, o nosso George Martin (Produtor do disco Sgt Peppers) e, por fim, e de quem eu gostaria de falar nesse post, a cantora Gal Costa.
Nascida em 1945 em Salvador é uma das cantoras mais influentes da música brasileira, talvez a de maior alcance vocal e uma das maiores intérpretes que esse pobre país sob o Equador já produziu.
Depois do lançamento do Panis et Circencis cada músico participante do projeto partiu para a sua idéia, e não podia ser diferente com a menina baiana. Em 1969 Gal Costa lança o seu primeiro disco solo de estúdio, intitulado Gal Costa, que seria um disco cheio até a última faixa de influências do movimento Tropicalista e a cantora que dois anos atrás encantou o público com um jeitinho de cantar a là João Gilberto explodiu.
O disco começa com a música "Não Identificado" que diz ao ouvinte como será o disco, cheio de psicodelias e belíssimos arranjos feitos por Rogério Duprat e Gilberto Gil. A seguir o roquenrou brasileiríssimo "Sebastiana" é uma sonzeira com percussão de xaxado (é assim que se escreve isso?), violão pegado, bateria invocada e um vocal que não tem como ficar mais nordestino quando a cantora cita cada vogal do alfabeto. A próxima faixa é "Lost in Paradise" uma letra em inglês de Caetano Veloso que é um jazz tupi guarani sem igual, os arranjos de Duprat são sensacionais, transforma jazz em funk e em jazz.
"Namorinho de Portão" do gênio Tom Zé começa com uma guitarra digna dos Mutantes e olha, vou dizer aqui, de saqueador para quem lê, puta merda que lição de arranjo, em comparação com o Duprat só dá o George Martin e olhe lá, enfim, a música é um baita roqenrou, só baixa pra curtir, que isso infelizmente não se vê mais no Brasil. "Saudosismo" é mais uma famosa letra de Caetano Veloso arranjado também pelo gênio Duprat, brilhantemente cantada pela Gal, é um samba cantado como se nascesse uma flor, a voz linda de Gal Costa que desponta como uma das mais brilhantes cantoras do Brasil. Em seguida dois roquenrous barato total, "Se Você Pensa" do Rei Roberto e do Tremendsão é tocado aqui com um Crying Baby alucinante e arranjos de metais sensacionais com um invocado vocal da Gal Costa e também "Vou Recomeçar" uma incrível versão também da dupla da Jovem Guarda que foi reinventada pelos gênios do Brasil. "Divino Maravilhoso" é outro grande som brasileiro, os backing vocals e os arranjos de violão fazem uma sonzeira que é exatamente aquilo que busca a tropicália, a música brasileira perfeitamente mesclada com as influências americanas e britânicas, perfeito. A próxima faixa é "Que Pena", o dueto com Caetano Veloso se repete após a incrível sintonia que rolou no Panis et Circencis (1967). Em seguida vem "Baby", música que ficou famosa na voz da grande Gal Costa, de baixo pegado e violão bem marcado, percussão brasileiríssima e um arranjo de cordas de Duprat que sai de baixo meu caro. "A Coisa Mais Linda Que Existe" é a penúltima música do disco; uma bateria de samba com os metais fazendo as vezes do jazz e a guitarra de samba formam a perfeita união do dois estilos musicais típicos, só que os fraseados dos saxofones, trombones e trompetes também pesam um soul à música e por final o baixo continua bem marcado. Deus e o Amor é um sambaço, cara.. eu escuto cada disco enquanto eu faço o post, e é sensacional a sensação, eu to demorando pra fazer esse post por que eu tenho vontade de pular da cadeira, dançar, aprender a tocar a música... como diria Gal Costa na última música, eu vou me molhar, é de genialidade sem igual.
E aqui eu me toco, que eu praticamente não falei sobre a Gal Costa cantando, e acho que isso é desnecessário, eu falei sobre os arranjos e digo mais, a Gal CANTA PRA CARALHO, em todas as faixas, dos mais diversos jeitos.
"A Coisa Mais Linda Que Existe" é ter esse disco perto de mim, acho que depois de tudo o que eu disse você deve estar cansado e sem dar a mínima para o download, mas... isto é, se é que você leu... só que eu acho que é uma obra prima, enfim, merece por ser de uma brasilidade incrível, eu pelo menos cresci ouvindo a Gal, só que cantando as músicas do mano Tom Jobim, aqui ela é mais Gal Costa, aqui ela é mais Brasil.

Faixas:
  1. "Não Identificado" (Caetano Veloso) 3:19
  2. "Sebastiana" (Rosil Cavalcanti) 2:25
  3. "Lost In The Paradise" (Caetano Veloso) 2:25
  4. "Namorinho de Portão" (Tom Zé) 2:34
  5. "Saudosismo" (Caetano Veloso) 3:10
  6. "Se Você Pensa" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) 3:15
  7. "Vou Recomeçar" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) 3:25
  8. "Divino Maravilhoso" (Caetano Veloso e Gilberto Gil) 4:20
  9. "Que Pena" (Jorge Ben) 3:35
  10. "Baby" (Caetano Veloso) 3:33
  11. "A Coisa Mais Linda Que Existe" (Gilberto Gil e Torquato Neto) 4:00
  12. "Deus e o Amor" (Jorge Ben) 3:05
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