segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Busdriver - Temporary Forever (2002)

Enfim o contemporâneo!
Regan Farquhar era um menino que, desde cedo, estava inserido no universo hip-hop: seu pai fora produtor de filmes da cultura musical negra naquela época. Com nove anos de idade, já fazia rap em um grupo de LA, o “4/29”. Com 13 anos de idade, lançou seu primeiro disco, com esse mesmo grupo. Com 15 anos, já fazia presença na noite estadunidense.
Em pouco, lançou seu primeiro álbum solo, no qual usava o codinome de “Busdriver”; o nome do disco era “Memoirs of the Elephant Man”, e alavancou a carreira de mais um rapper da costa oeste. Esse, em especial, tinha a capacidade de cantar rápido. Muito rápido.
Enfim 2002. Nesse ano, Busdriver lançou o disco que aqui posto. “Temporary Forever” é diferente da maioria dos álbuns de rap vendidos e ouvidos. Ele é fiel ao que rap significa: o ritmo e a poesia. Quanto a essa, confesso que a “técnica vocal” de Busdriver não me permitiu entender mais que um terço do álbum, mas acredito que, nesse caso, a quantidade de letras se converteu em qualidade.
Quanto ao ritmo, outra peculiaridade. Busdriver caminha sobre diversos estilos ao decorrer do álbum. Mas você deve estar pensando: não era um disco de rap como outro qualquer? A poesia de Busdriver mostra-se versátil e usa, como base, diversos ritmos, qual o clássico (“Imaginary Places”, na qual a flauta toca uma famosa peça de Bach), ou o Jazz (“Jazz Fingers”). Nessa última, em especial, cabe citar a quase evidente proposta de Busdriver de sobrepor a música popular ao erudito ou ao elitista, usando o Jazz e o Clássico como base para a “música real”. O universo dissonante e o arritmico também marcam presença, e Busdriver lida muito bem com esses, vide “Single Cell Ego”.
Nas letras, vamos de Nashville até contas de gás em menos de dois segundos. É incrível a fartura da letra, a não monotonia dela e, ainda por cima, a criatividade impressionante do rapper. Cá entre nós, não é fácil ficar mais de uma hora falando no andamento mais rápido possível e sem ser repetitivo.
O disco não é de todo sério. Ele é de todo cômico, vide o tom de voz do nosso Rapper. Acho que o nome de certas faixas ilustram bem essa comicidade, a saber: “The Truth of Spontaneous Human Combustion” ou "Reality Sandwich".
Viva a revolução!

Faixas:
1. "New Aquarium"
2. "Imaginary Places"
3. "Along Came a Biter"
4. "Idle Chatter"
5. "Gun Control"
6. "Mindcrossings"
7. "Suing Sony"
8. "Stylin' Under Pressure"
9. "Single Cell Ego"
10. "Somethingness" (Featuring Radioinactive and Rhetoric, produced by Edit)
11. "Driver's Manual"
12. "The Truth of Spontaneous Human Combustion" (Featuring Of Mexican Descent)
13. "Opposable Thumbs"
14. "Unplanned Parenthood"
15. "Jazz Fingers" (Featuring Aceyalone)
16. "Reality Sandwich"
17. "Wrong Route"
18. "Post Apocalyptic Rap Blues"


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Um comentário:

Batistti disse...

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