quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mike Hankinson - The Unusual Classical Synthesizer (1972)

Boa noitardia.
Pesquisei o que pude sobre o seguinte álbum e sobre o artista, mas não consegui nada muito substancioso. Porém, não é só disso que precisamos para fazer essa resenha.
Mike Hankinson, pelo que tudo indica, era inglês, mas viveu na África do Sul. E... é isso.
O disco foi gravado em 1972, e leva consigo o título de “The Unusual Classical Synthesizer”: O álbum é Mike Hankinson com seu sintetizador, o “the Putney” VCS3, como indica a capa.
Sintetizador começou a ser ouvido principalmente no começo do século XX, tendo seu auge a partir dos anos 60, com a intervenção de Leo Theremin e com a aparição do Moog, o mais bam-bam-bam de todos sintetizadores da história. Naquela época, os recursos do sintetizador eram mais limitados, além do porte desses ser uma coisa muito pouco prática, por assim dizer. Esse então novo instrumento foi peça-chave de certas bandas dos anos 60/70, provavelmente porque permitia uma grande liberdade sonora, permitia a criação de um som único a cada instante.
O “the Putney” saiu ao mercado pela primeira vez em 1969, e é, atualmente, o dito sintetizador clássico, original: era monofônico, mas permitia gravações e tinha cerca de trinta canais para a manipulação do som. E, além disso tudo, ainda vinha numa bela caixinha de madeira.
O álbum leva o nome “The Unusual Classical Synthesizer”, e o nome é correto por duas razões. Em primeiro lugar, era difícil encontrar discos de artistas de sintetizador solo naquela época, e, em segundo lugar, era rara a reprodução de música clássica nestes instrumentos. Contudo, o álbum não é inovação, pois hits clássicos já tinham sido gravados por Wendy/Walter Carlos, no LP “Switched on Bach”, que também já foi resenhado aqui no Saqueando a Cidade.
Cabe falar do repertório. O álbum tem, em grande parte, composições do período clássico contando com compositores de grande renome como dois dos pés da trindade vienense: Beethoven e W. A Mozart. Quanto a Beethoven, encontramos uma de suas obras mais famosas fechando o disco: “Sonata para piano n.º 14”, ou “Sonata ao Luar”, que é posta com seus três movimentos onde são explorados tanto recursos rítmicos como a síncope quanto melancolia e drama postos no primeiro e no terceiro (e último) movimento da peça, respectivamente.
Bom, falando em sonatas, esse forma de música é predominante no disco, seja pela “Sonata Rondo” de Clementi, pela “Sonata em Ré maior” de Scarllati, ambos italianinhos fofos que merecem um beijinho na bochecha (não entendeu? Escute as sonatas). Mas o álbum também conta com serenatas, fugas e concertos, não se preocupe.
Tudo é muito bem executado, e dou destaque à apropriação de Beethoven e Bach no sintetizador nas faixas “Sonata ao Luar” e a famosa, a famosíssima “Tocata e Fuga em Ré Menor” de Bach.
Bom, acho que rendeu uma resenha, vai?

Faixas (em inglês):

1 Toccata and Fugue in D minor (Bach)
2 Variations - Mein junges Leben hat ein End (Sweelinck)
3 Sonata in D major (Scarlatti)
4 Sonata Rondo (Clementi)
5 Concerto in A minor (Bach)
6 Eine kleine Nachtmusik (Mozart)
7 Italian Concerto (Bach)
8 Moonlight Sonata (Beethoven)

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Um comentário:

Batistti disse...

http://www.mediafire.com/?xzz122abner